Viagem ao Zé Açu
Experimentamos mais o mais rápido e eficaz meio de transporte parintinense: a voadeira. Nosso condutor, Zé, 33 anos, ligou sua máquina no rio Amazonas e rumou conosco para a comunidade de Bom Socorro, uma das 11 do rio Zé Açu.
A voadeira é uma espécie de expresso local porque liga comunidades pelos rios em metade do tempo dos barcos normais.
Após algumas paradas para observar a vegetação inundada pela cheia, chegamos a um pequeno povoado com uma igreja no meio, moradores hospitaleiros e crianças brincando na beira da água.
O motorista da voadeira nos contou uma anedota corrente por aqui para explicar o nome do rio Zé Açu, que também dá nome a toda a região. Aqui vai:
“Um pescador tirou do rio um tucunaré, mas decidiu guardá-lo para servir ao padre no dia seguinte. À noite saiu de casa para ir ao bar com os amigos. Nisso seu filho chegou e não pensou duas vezes, jogou o peixe na panela.
Amanheceu e o padre chegou. O pescador procurou o presente, não achou, e perguntou à filha: cadê o tucunaré?
Recebeu como resposta: ah pai, o Zé Açu!”
Roberto Saraiva